Espírito crítico

"Sem liberdade de criticar, não existe elogio sincero. "
(Pierre Beaumarchais)

"Quem se enfada pelas críticas, reconhece que as tenha merecido."
(Tácito)

"Onde não se pode criticar, todos os elogios são suspeitos."
(Ayaan Hirsi Ali)


"Só tem o direito de criticar aquele que pretende ajudar."
(Abraham Lincoln)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

HISTÓRIA DE PORTUGAL MUITO CONDENSADA

Tudo começou com um tal Henriques que não se dava bem com a mãe
E acabou por se vingar na pandilha de mauritanos
que vivia do outro lado do Tejo.

Para piorar ainda mais as coisas, decidiu casar com uma espanhola qualquer
e não teve muito tempo para lhe desfrutar do salero
porque a tipa apanhou uma camada de peste negra e morreu.

Pouco tempo depois, o fulano, que por acaso era rei,
bateu também as botas e foi desta para melhor.

Para a coisa não ficar completamente entregue à bicharada,
apareceu um tal João que, ajudado por um amigo de longa data
que era afoito para a porrada, conseguiu pôr os espanhóis a enformar pão
e ainda arranjou uns trocos para comprar uns barcos ao filho
que era dado aos desportos náuticos.
De tal maneira que decidiu pôr os barcos a render
e inaugurou o primeiro cruzeiro marítimo entre Lisboa e o Japão
com escalas no Funchal, Salvador, Luanda, Lourenço Marques, Ormuz,
Calecute, Malaca, Timor e Macau.


Quando a coisa deu para o torto,
ficou nas lonas só com um pacote de pimenta para recordação
e resolveu ir afogar as mágoas,
provocando a malta de Alcácer-Quibir para uma cena de estalo.

Felizmente, tinha um primo, o Filipe, que não se importou
de tomar conta do estaminé até chegar outro João
que enriqueceu com o pilim que uma tia lhe mandava do Brasil
e acabou por gastar tudo em conventos e aquedutos.

Com conventos a mais e dinheiro menos,
as coisas lá se iam aguentando até começar tudo a abanar
numa manhã de Novembro.

Muita coisa se partiu. Mas sem gravidade porque, passado pouco tempo,
já estava tudo arranjado outra vez,
graças a um mânfio chamado Sebastião que tinha jeito para o bricolage
e não era mau tipo apesar das perucas um bocado amaricadas.


Foi por essa altura que o Napoleão bateu à porta a perguntar
se podia ficar com isto. Levou com os pés dos ingleses que queriam o mesmo.
Outro João tinha dois filhos e queria pôr o Pedro a brincar com o irmão mais novo, o Miguel,
mas este teve uma crise de ciúmes e tratou de armar confusão
que só acabou quando levou um valente puxão de orelhas do mano
que já ia a caminho do Brasil para tratar de uns negócios.

A malta começou a votar mas as coisas não melhoraram grande coisa
E foi por isso que um Carlos anafado levou um tiro nos coiratos
quando passeava de carroça pelo Terreiro do Paço.


O pessoal assustou-se com o barulho, escondeu-se num buraco e vieram os republicanos que meteram isto numa guerra onde ninguém nos queria.
Na Flandres levámos tiros que fartou
disparados por alemães. Ao intervalo, já perdíamos por muitos
mas o desafio não chegou ao fim porque uma imagem vestida de branco
apareceu a flutuar por cima de uma azinheira
e três pastores deram primeiro em doidos, depois em mortos
e mais tarde em beatos.

Se não fosse por um velhote das Beiras, a confusão tinha continuado
mas não continuou e Angola continuava a ser nossa
mesmo que andassem para aí a espalhar boatos.

Comunistas dum camandro!
Tanto insistiram que o velhote se mandou do cadeirão abaixo
e houve rebaldaria tamanha que foi preciso pôr um chaimite
e um molho cravos em cima do assunto.
Depois parece que houve um Mário qualquer que assinou um papel
que nos pôs na Europa e ainda teve tempo para transformar uma lixeira
numa exposição mundial e mamar uma seca da Grécia na final do futebol.

E o Cavaco ?
O Cavaco foi com o Pai Natal e o palhaço no comboio ao circo...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

RTP - CONTRA-INFORMAÇÃO

Já tenho saudades! É um acto de censura acabar com este programa!
RTP - CONTRA-INFORMAÇÃO

sábado, 11 de dezembro de 2010

Casa das Artes de Felgueiras




Fala-se muito na inauguração adiada do CineTeatro Fonseca Moreira ou Casa das Artes de Felgueiras.



É uma necessidade a existência de um espaço para espectáculos na cidade. Com o dinamismo do Conservatório de Música de Felgueiras, que tem crescido imenso em número de alunos, da Artmusic, que tem actuado sempre com grande qualidade e profissionalismo, e de vários grupos de teatro é necessário um espaço condigno onde possam fazer os seus espectáculos.
Eu tenho um ideia. A inauguração podia ser feita só com grupos de Felgueiras, o que diminuiria os custos e seria uma forma de apoiar as instituições locais.
Poderia ser de duas formas:
1ª No dia da inauguração, cada grupo ter um tempo determinado para apresentar um pouco do seu trabalho...
2ª A inauguração poderia prologar-se por uma semana e em cada serão havia um tipo de espectáculo. Um dia podia ser para Bandas, outro para teatro, outro para escolas de música, outro para ranchos folclóricos...
Isto são apenas ideias para melhorar Felgueiras... Se não dermos valor ao que é nosso, quem dará?

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Felgueiras está a mudar!

Já não se gastam milhares de euros na iluminação de Natal em Felgueiras, o que mostra que o concelho já não vive só de aparências. Certamente o dinheiro poupado será canalizado para outras iniciativas mais úteis. Não é por haver mais ou menos iluminação que as pessoas comprarão mais ou menos no comércio tradicional... Se comprarem menos é por falta de dinheiro.
O excesso de iluminação é uma loucura tão grande como a necessidade das matrículas portuguesas terem a indicação do ano de venda do automóvel, pois não sei o que é que as outras pessoas têm a ver com a data em que os outros compraram o seu automóvel. Isso já consta nos documentos do veículo. Só um país de aparências é que se preocupa com o que o vizinho tem e com as iluminações de Natal. O espírito natalício tem a ver com valores como a família e a generosidade.