Espírito crítico

"Sem liberdade de criticar, não existe elogio sincero. "
(Pierre Beaumarchais)

"Quem se enfada pelas críticas, reconhece que as tenha merecido."
(Tácito)

"Onde não se pode criticar, todos os elogios são suspeitos."
(Ayaan Hirsi Ali)


"Só tem o direito de criticar aquele que pretende ajudar."
(Abraham Lincoln)

sábado, 27 de dezembro de 2008

PS de Sócrates – um partido de direita ou de esquerda?

Num dos seus comícios, o Primeiro-Ministro disse que o PS é o “verdadeiro Partido Popular de Esquerda”, uma designação antitética, mas com algum sentido. A designação de “Partido Popular” tão cara ao Paulo Portas e à direita espanhola serve para captar os votos à direita. O próximo passo de José Sócrates é pedir ao Partido Popular Europeu a entrada dos deputados europeus do seu PS, que será logicamente aceite pois estará de acordo com as políticas seguidas pelo seu governo. O que me parece mais estranho é a utilização do complemento determinativo “de esquerda”. Talvez tenha sido uma necessidade de aglutinar algum eleitorado de esquerda ou uma tentativa de tentar fazer passar uma mentira que tantas vezes dita, se torne verdade aos olhos da opinião pública…
Este PS “Socretino” é um partido de direita, porque:
a) financia os bancos, que cobram juros e comissões elevadíssimas aos seus clientes;
b) impõe portagens em estradas (sem alternativas) construídas por outros governos para financiar empresas onde coloca os seus correligionários, obrigando os trabalhadores a pagarem portagens para se dirigirem para os seus empregos;
c) reduz o poder de compra dos trabalhadores, prevendo valores da inflação inferiores aos reais;
d) impede a progressão na carreira aos seus funcionários;
e) destrói a escola pública, obrigando os pais que querem que os seus filhos aprendam a colocá-los em colégios privados;
f) envia agentes policiais a instalações dos sindicatos em vésperas de greves e de manifestações;
g) tenta aprovar um código de trabalho que viola os direitos dos trabalhadores;
h) não consegue dialogar com os sindicatos;
i) governa em função dos números e não das pessoas;
j) ultrapassa todos os limites de populismo ao chamar a si a responsabilidade da baixa das taxas de juro;
k) valoriza a posição social e os títulos ao apelidar-se de “Engenheiro” sem o ser nem estar inscrito na ordem.
Uma vez que este governo de direita ocupou o espaço do PSD, este partido não sabe se há-de fazer oposição à direita ou à esquerda, entrando numa profunda crise de identidade. Assim, havendo em Portugal três partidos de direita ou de centro-direita e nenhum de centro-esquerda, é necessário que se crie uma alternativa nesse espaço político. Desde que o populismo chegou à liderança do PS, o Bloco de Esquerda e a CDU tem aumentado o número de possíveis eleitores, mas ainda há eleitores de centro-esquerda que terão algum receio em votar nesses partidos e ainda não os vêem como alternativas de poder. Assim, torna-se indispensável que surja um novo movimento com credibilidade que se afirme como alternativa a este governo. Estando a direita dividida em três partidos (CDS, PS e PSD), é fácil conseguir obter mais votos do que qualquer um dos três, se esse movimento ocupar o órfão espaço de centro-esquerda. Neste momento, Manuel Alegre e Helena Roseta são personalidades que podem dar credibilidade e rosto a um movimento que se preocupe com as pessoas.


É urgente agir!!!
salvarescola@gmail.com

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