Espírito crítico

"Sem liberdade de criticar, não existe elogio sincero. "
(Pierre Beaumarchais)

"Quem se enfada pelas críticas, reconhece que as tenha merecido."
(Tácito)

"Onde não se pode criticar, todos os elogios são suspeitos."
(Ayaan Hirsi Ali)


"Só tem o direito de criticar aquele que pretende ajudar."
(Abraham Lincoln)

segunda-feira, 10 de março de 2008

...e o burro sou eu?

A manifestação foi magnífica. Seis horas que valeram a pena. Estamos mais unidos. Com o Sr. Presidente da República no Brasil, esta manifestação fez-me lembrar as invasões francesas, só que desta vez os invasores eram os Professores Portugueses massacrados com reuniões, papelada e burocracia pelo governo opressor.

Nós não temos o tempo de antena da sr.ª Ministra, mas somos mais e exigimos respeito! Ela não pode continuar a dizer que 120 mil professores (segundo a TVE que não é controlada pelo governo português) não sabem ler e por isso é que se manifestam. Isto não a fará reflectir e auto-avaliar-se? Quando tive mais de 50% de insucesso num teste que dei, questionei-me sobre o que estava mal. Perguntei aos alunos o que eles não tinham percebido e procurei melhorar o meu desempenho... Os alunos, apercebendo-se do meu esforço, também tentaram melhorar e, assim, houve uma aproximação. Se eu pensasse como a Sr.ª Ministra, dizia que os alunos não tinham sucesso, porque não sabiam ler e avançava em frente, convencido das minhas capacidades muito superiores às dos outros. O exemplo não é uma forma de educar é a única!
Será que uma cabeça pensa melhor do que 120 mil?
...e o burro sou eu?

Já agora preciso de um esclarecimento. Se souberem como agir agradeço que me respondam para o e-mail salvarescola@gmail.com . Ainda não desisti de tentar expor o problema à srª ministra, que não me responde, talvez por eu não ser jornalista.
Tenho quatro alunos que nos anos anteriores foram avaliados e apoiados como alunos NEE e agora perderam esse estatuto, tendo de fazer exames nacionais iguais a todos os outros. Certamente, terão nível um nos Exames de Língua Portuguesa e de Matemática e, consequentemente, reprovarão sempre no 9.º ano. Não podem ser encaminhados para os CEF, pois já estão no nono ano e seria recolocá-los no sétimo ano. Que fazer com eles? É uma grande preocupação da minha escola. Já enviei e-mails à
sr.ª ministra, mas ela só está preocupada com a avaliação dos professores, não liga a esses alunos. As associações de pais estão mais preocupadas em defender a ministra do que os seus filhos.

Continuo a afirmar que o regime de assiduidade do novo estatuto do aluno não tem aplicação prática no ensino básico.
Quero continuar a aprender e a ensinar!

Nenhum comentário: